João Victor Araujo Sautchuk, 7B-n13
O que é a xilogravura?
Avaliando a origem da palavra temos:
· Xilo - palavra de origem Grega (“ xýlon”) que significa cobre madeira.
· Gravura - palavra de origem Grega (“graphein”) que significa registro, gravar ou escrita.
Sendo assim, xilogravura é um processo de gravação negativa em relevo, onde o que é gravado não será impresso. Para tal, utilizam-se pranchas de madeira que funcionam como matrizes e ferramentas de corte como estiletes.
Com estas ferramentas é possível cavar na madeira de acordo com um desenho previamente elaborado. A prancha de madeira, já com o desenho estampado, recebe uma camada tinta espalhada por meio de um rolinho de borracha. Após essa etapa, para impressão do desenho, basta colocar uma folha de papel sobre a prancha com a tinta e fazer pressão no verso do papel (o que pode ser manualmente com uma colher de madeira ou por impressão mecânica com uso de uma prensa de cilindro).
A foto abaixo exemplifica isso.

História da Xilogravura
Há uma ligação entre a xilogravura e a história da escrita e do livro.
Desde o início, os homens gravavam suas imagens em paredes de cavernas, depois em barro, pedra, metal, peles, etc.
O homem criou várias maneiras de tentar registrar os fatos de sua vida, para que seu conhecimento fosse transmitido.
Os primeiros documentos encontrados, gravados em pedra são de fatos históricos, códigos de conduta ou formas de registrar conhecimentos já adquiridos.
A xilogravura é de provável origem chinesa sendo conhecida desde o século VI.
AMÉRICA
Origem : Trazida pela imprensa.
Ano: Os espanhóis possuíam o objetivo de transmitir sua fé para os povos americanos colonizados e em 1539, enviou um impressor para a cidade do México.
Destaques: José Guadalupe Posadas no México, lugar onde anos depois surgia o Taller de Gráfica Popular.
BRASIL
Origem: Recife e depois no Rio de Janeiro, pelas mãos de um lisboeta que chegou a imprimir três ou quatro folhetos. Como curiosidade, depois disto, ele teve seqüestrados todos os seus materiais e impressões. A gravura foi introduzida no Brasil com a instalação da Imprensa Régia, do Arquivo Militar e do Collegio das Fábricas no Rio de Janeiro.
A Imprensa Régia e o Arquivo Militar fizeram uso da gravura em metal e o collegio das fábricas utilizou-se de gravuras gravadas em madeira. A princípio essas matrizes eram importadas.
Ano: Somente a partir de 1808 com a vinda da família real, pois até então era proibida a instalação de oficinas impressas. Entre os gravadores que acompanharam a família real não havia xilógrafos – o que não é de estranhar, pois a xilogravura já não era mais utilizada na Europa nessa época. Porém, o que se sabe é que alguns destes gravadores conheciam a técnica da xilogravura tendo inclusive realizado pequenos trabalhos, como gravação em madeira das armas reais. A gravura em metal e, principalmente, a litografia, que cedo chegou ao Brasil, tomam o lugar da gravura em madeira, que volta a aparecer, revigorada, através do uso da madeira de topo.
Destaques: Houve uma tentativa oficial de ensino da xilogravura, abrindo-se a cadeira na Academia de Belas-Artes que, por algum motivo nunca teve existência efetiva. Destaque para a chamada “gravura da arte” com Lasar Segall, Osvaldo Goeldi e Livio Abramo. Esses artistas influenciaram os xilogravadores que lhes seguiram os passos como: Fayga Ostrower, Renina Katz, Poty Lazzarotto, Maria Bonomi, Marcello Grassmann, Gilvan Samico e Newton Cavalcanti.
A xilogravura popular se desenvolveu na literatura de cordel. Quase todos os xilografos populares brasileiros, principalmente no Nordeste do país, provêm do cordel como: José Costa Leite, J. Borges, Amaro Francisco,entre outros.
Como conclusão, podemos dizer que a xilogravura demonstrou ser uma técnica para momentos específicos da história, caracterizados principalmente por crises ou grandes mudanças, sendo uma manifestação popular.
Sapolão na lagoa postado por João Victor Araujo Sautchuk nº13