Band - Artes - 7° B - Grupo 1

4° Bimestre 2010















MASP - Museu de Arte de São Paulo - Assis Chateaubriand

sábado, 8 de maio de 2010

O MODERNISMO BRASILEIRO

O Modernismo foi um movimento que surgiu nas artes, na primeira década do século XX, como uma espécie de revolução artística. Os artistas modernistas entendiam que as formas tradicionais das artes plásticas, literatura, música, etc., estavam ultrapassadas e deviam dar origem a uma nova forma de cultura. Pretendiam também que a sociedade como um todo reexaminasse cada aspecto de sua existência, para substituí-los por novas idéias, novas formas de agir, para assim alcançarem o progresso.

Na época em que surgiu o modernismo, o mundo também passava por grande evolução tecnológica, como por exemplo, a invenção do avião, o aumento da utilização da luz elétrica, o aumento do uso do telefone e da rádio comunicação e outros. Enfim, tudo era favorável a um novo movimento de revisão dos valores artísticos. Argumentavam que a nova realidade do século XX eram permanentes e iminentes e que a sociedade deveria se adaptar não só a elas, mas também à nova forma de como os artistas viam o mundo.

No Brasil surgiu tardiamente, no início dos anos 20 do século XX, principalmente em decorrência de viagens de artistas brasileiros para a Europa. Foi muito influenciado por elementos das vanguardas artísticas que ocorreram na Europa antes da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), como por exemplo, o cubismo e o futurismo.

Ao contrário do que ocorria na Europa, no Brasil, os principais artistas do movimento modernista não se opunham a toda realização artística anterior a deles, apenas se opunham a tudo o que impedisse a livre criação e a livre expressão artística. Pretendiam uma ruptura estética com as formas de arte das escolas anteriores, mas mantendo o desejo de conhecer e explorar o passado apenas como fonte de criação, e não como norma a ser obedecida para se criar.

Como manifestações desse desejo por ruptura, que ao mesmo tempo respeitavam obras da tradição literária, temos o Manifesto da Poesia Pau-Brasil, o livro Macunaíma, o retrato de brasileiros através das influências cubistas de Tarsila do Amaral, o livro Casa Grande & Senzala, dentre outros. Revistas da época também se dedicaram ao tema, tais como Estética, Klaxon e Antropofagia, que foram meios de comunicação entre o movimento, os artistas e a sociedade.

Os artistas modernistas, inicialmente se fixaram em São Paulo, talvez até em razão da existência da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, onde estudava a elite intelectual da época e onde fermentava a ânsia por novos valores. Do encontro entre os estudantes e os jovens intelectuais, com artistas plásticos eclodirá a vanguarda modernista.

Diferentemente do Rio de Janeiro, reduto da burguesia tradicionalista e conservadora, São Paulo, incentivado pelo progresso e pelo afluxo de imigrantes italianos será o cenário propício para o desenvolvimento do processo do Modernismo. Este processo teve eventos como a primeira exposição de arte moderna com obras expressionistas de Lasar Segall em 1913, o escândalo provocado pela exposição de Anita Malfatti entre dezembro de 1917 e janeiro de 1918 e a 'descoberta' do escultor Victor Brecheret em 1920. Com maior ou menor peso estes três artistas constituem, no período heróico do Modernismo Brasileiro, os antecedentes da Semana de 22.

A Semana de Arte Moderna de 22 é o ápice deste processo que visava atualização das artes, e a sua identidade nacional. Pensada por Di Cavalcanti como um evento que causasse impacto e escândalo. Esta Semana proporcionaria as bases teóricas que contribuirão muito para o desenvolvimento artístico e intelectual da Primeira Geração Modernista e o seu encaminhamento, nos anos 30 e 40, na fase da Modernidade Brasileira.

Guilherme Rizzo - 7o B. nº 12

FONTES DE CONSULTA: www.mac.usp.br; www.itaucultural.com.br

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