4° Bimestre 2010
MASP - Museu de Arte de São Paulo - Assis Chateaubriand
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Vincente do Rego Monteiro
Em 1930, depois de uma longa estada em Paris, veio ao Brasil trazendo a exposição da Escola de Paris a Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Dois anos depois, Vicente do Rego Monteiro fixaria residência no Recife, alternando períodos no Brasil e na França até 1950.
A pintura de Vicente do Rego Monteiro é marcada pela sinuosidade e sensualidade. Contido nas cores e contrastes, as obras do artista nos reportam a um clima místico e metafísico. A temática religiosa é freqüente em sua pintura, chegando a pintar cenas do Novo Testamento, com figuras que, pela densidade e volume, se aproximam da escultura.
CURIOSIDADES: Além de Vicente ter sido um pintor requintado, escrevia poesia,tinha o gosto pela dança,venceu muitos concursos de dança de salão em Paris, foi professor no Instituto Central de Artes da UnB, adorava carros e em 1931 disputou o Grand Prix do Automóvel Clube da França, tinha gosto pela engenharia mecânica e construiu um planador e em Pernambuco fabricou aguardente.
domingo, 16 de maio de 2010
Será mesmo que podemos destruir nossa própria fonte de vida ?!
SE TOQUEM!!!
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Mais Obras de Antônio Gomide
Retrato de Regina Graz - Óleo sobre tela
domingo, 9 de maio de 2010
Vittorio Gobbis
O modernismo tem a proposta contrária do academicismo de não tentar representar as coisas como elas realmente são, criando um movimento artístico que em minha opinião se tornou ao longo dos anos muito criativo.
Neste blog, falaremos de Vittorio Gobbis, desenhista, pintor, gravador e restaurador. Ele contrariou a vontade de seu pai que gostaria que ele fosse um comerciante e freqüentou escolas em Veneza e Roma para aprender pintura e restauração.
Nascido em 1894, na Italia, filho de avô e pai que trabalhavam em pintura e restauro. Trabalhou como pintor e restaurador até 1923, quando resolveu ir para o Brasil, com uma idéia de abandonar a pintura e buscar novas experiências.Seu falecimento ocorreu em 1968, em São Paulo.
Muito rapidamente ele retorna para a pintura e participa em 1931 do salão revolucionário na Escola Nacional de Belas Artes, onde sua obra impressiona Mario de Andrade.
Nu Recostado, 1931 - Gobbis, Vittorio - óleo sobre tela, dim. 59,4 x 69,8 cm
Coleção Museu de Arte Moderna de São Paulo (SP) - Doação: amigos do artista Vittorio Gobbis.
Em 1933, realiza sua primeira mostra individual, em São Paulo. Recebeu medalha de ouro do Salão Nacional de Belas Artes e em 1935, ao lado de Candido Portinari.
Conhecido por seu apurado acabamento em suas telas, pelo tratamento das cores e escolha dos temas de seus trabalhos, foi muito admirado.
Algumas obras de arte de Vittorio Gobbis:
Melancia, 1931 - óleo sobre tela - dimensões: 58,5 x 73 cm
Natureza – Flores, óleo sobre papel,dimensões: 33,5 x 42 cm; 61,8 x 69,8 x 4 cm (moldura)
Acervo Banco Itaú S.A. (São Paulo, SP)
Com seu próprio ateliê, entre a década de 30 e 40, torna-se uma espécie de centro de artes, expondo na 1ª e 2ª Bienal Internacional de São Paulo. Fato importante foi a restauração do afresco da Santa Ceia, de Antonio Gomide, em 1965.
Fontes bibliográficas:
·http://www.sp-arte.com/artistas/index.php?action=mais&tx=245&abc=VWX&id=522&nm=Vittorio%20Gobbis
· http://www.pinturabrasileira.com/artistas_bio.asp?cod=166&in=1
·http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=893&cd_idioma=28555
CRONOLOGIA DE ANTONIO GOMIDE
1895 - Nasceu em 3 de agosto, em Itapetininga - São Paulo.
Filho de Gabriel Gonçalves Gomide e Cherubina Pinheiro Prado Gomide, era o terceiro de um total de sete filhos. Passou a infância e fez seus primeiros estudos escolares na cidade em que nasceu.
1910 - A família toda se mudou para São Paulo.
1912 - Concluiu o curso de Professor, diplomando-se pela Escola Normal de São Paulo.
1913 - Juntamente com a família transferiu-se para Genebra, Suíça.
1914 - Frequentou a Escola de Comércio de Genebra, onde conheceu Sérgio Milliet, tornando-se seu amigo.
1914/ 1918 - Frequentou também, assim como suas irmãs Regina e Maria Amélia, a Escola de Belas-Artes de Genebra, onde teve como mestres o Professor Gillard e Ferdinand Hodler.
Nessa escola conheceu John Graz, que mais tarde se casaria com sua irmã Regina.
1917 - Morria seu pai (18 de dezembro) e era sepultado em Genebra mesmo. A família passou a morar na Rue Chemin des Roches, 2.
1918 - Nova mudança de endereço, nesta ocasião para a Rue des Eaux Vives, 118. As dificuldades financeiras começavam a aparecer.
Em abril desse ano, Antonio e Sérgio partiam de Genebra. Viajaram por Espanha e Portugal.
Em agosto, Gomide encontrava-se em São Paulo.
As primeiras obras de que temos conhecimento datam aproximadamente deste ano e de sua passagem pela península Ibérica: Figura, Cena com Dançarina, Sanfoneiro e Dançarina Espanhola.
1919 - A família retornava a São Paulo. Com saudades da noiva Madeleine Faure, que havia ficado em Genebra, pensava em retornar à Suíça.
1920 - Em maio, Gomide encontrava-se viajando de volta à Europa, passando por Tenerife e Lyon. Em julho já estava em Genebra.
Conheceu Maryon, a amiga e companheira que o acompanharia a Paris e, mais tarde, ao Brasil. Viajou através da Europa.
1921 - Em julho, instalou-se em Paris. A princípio em um pequeno hotel na Rue Saint ]acques e procurava um ateliê.
1922 - Voltou a Genebra para se curar de tuberculose pulmonar.
Participou de exposições coletivas no Museu Rath e no Athénée. Recebeu o prêmio de Menção Honrosa.
De agosto a meados de 1923, passou a viver em Toulouse, no Languedoc francês. Aprendeu a técnica do afresco com Marcel Lenoir e colaborou na execução de murais, nessa técnica, para o Institut Catholique e os conventos locais.
1923 - Deixou Toulouse e viajou através da Europa. Em setembro encontrava-se em La Pointe du Raz, outro extremo da França.
São deste ano as obras: Ponte Saint Michel, Paisagem com Barcos, Oração na Igreja, e Cristo.
1924 - Estava de volta a Paris, com ateliê na Rue Vercingétorix, 52, em Montparnasse. Era seu vizinho de ateliê Victor Brecheret, de quem se tornou bom amigo. Frequentou os ateliês dos artistas ligados ao cubismo ou às correntes artísticas em evidência: Picasso, Braque, Lhote, Picabia, Severini.
Participou do "Salon des Indépendants" e do "Salon d’Automne", de acordo com entrevistas a jomais de São Paulo.
Nessa época desenhava composições para estamparia de tecidos para as casas La Maitrise, Tissus Rodier.
1926 - Viajou ao Brasil para verificar o ambiente artístico e preparar o retomo.
1927 - Em 15 de janeiro, fez uma de suas poucas exposições individuais: Exposição Antonio Gomide - Afrescos e Pinturas, em antiga galeria da Avenida São João, 187. Expôs 76 obras, entre as quais:
Descida da Cruz e Cabeças (afrescos), Ceia e A Carta (óleos), Cavalinho de Pau e Adoração (aquarelas). Em junho/ julho, participou também de uma exposição coletiva na Galeria Blanchon, em São Paulo, na qual expôs 6 óleos. Em setembro/ outubro, decorou o "fumoir" do Sr. Couto de Barros, executando um afresco cuja temática eram os índios.
1928 - Colaborou com uma ilustração para a Revista de Antropofagia, no 4, agosto.
Pinta suas primeiras telas de influência naturista: Irmãs Índias e Caçadores. Em meados do ano partia novamente para Paris.
1929 - Retornou definitivamente ao Brasil, em meados do ano. Trouxe consigo Maryon.
Instalou-se em ateliê na Alameda Nothmann, nos Campos Elíseos.
As Santas Ceias e composições com temas religiosos são seus assuntos preferidos.
1929/ 1931 - Seu trabalho é intenso, inclusive executando obras para decoração de interiores, como cerâmicas e abajures,
1929/ 1945 - Projetou e executou vitrais para decoração de igreja para afirma de Conrado Sorgenicht Filho.
1930 - Em março participou da exposição "Uma Casa Modernista, na Rua Itápolis, 119, São Paulo (dois afrescos), juntamente com Segall, Tarsila do Amaral, Regina Graz, Brecheret e outros.
Apresentou-se com diversos artistas brasileiros na mostra coletiva "Exposição de Arte Brasileira", organizada pela Sociedade Brasileira de Amigos do Roerich Museum, para o International Art Center deste museu, em Nova York, com as obras: Irmãs Índias, Caçadores e Índios.
Pinta seu Auto-Retrato e o Retrato de Vera Azevedo.
1931 - Em setembro, participou da "XXXVIII Exposição Geral de Belas-Artes", da Escola Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro, com as obras Menina e Composição, da coleção da Sra. Olívia Guedes Penteado.
Maryon e Gomide se separariam e ela retornaria à Europa.
1932 - Gomide tomou parte na Revolução Constitucionalista; ferido acidentalmente, retornou a São Paulo. Executa aquarelas e gravuras com temas de soldados.
O "Art Deco" está presente em obras desta época.
Decora residências no Jardim América, São Paulo.
A 23 de novembro, participou da primeira reunião para a fundação da Sociedade Pró-Arte Modema (SPAM).
A 24 de novembro foi um dos fundadores do Clube dos Artistas Modernos (CAM), à Rua Pedro Lessa, 2, baixos do Viaduto Santa Efigênia.
Pintou os painéis decorativos para a festa de inauguração da sede social. Instalou seu ateliê numa das salas do CAM, onde trabalhou coletivamente e onde ensinou desenho e pintura.
1933 - A 28 de abril, participou da "I Exposição de Arte Moderna da SPAM", montada na antiga Galeria Guatapará, na Rua Barão de Itapetininga.
1934/1937 - Viajava constantemente para o interior do Estado em companhia de Paulo Duarte, que fazia o levantamento das igrejas do século XVII para o Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
1934/1940 - Faz parte do "Grupo 7", juntamente com Brecheret, Elizabeth Nobiling, Yolanda Mohalyi, Rino Levi, John Graz e Regina Gomide Graz.
1937 - Participou do 1o Salão de Maio, exposição montada no "grillroom" do Esplanada Hotel, São Paulo, inaugurada a 25 de maio, com as obras Canoa e Figuras (óleos), Cabecinha e Figura (afrescos).
1938 - Tomou parte no "2o Salão de Maio", exposição montada também no "grillroom" do Esplanada Hotel, São Paulo, inaugurada em junho, com as obras Retrato de Mulata e Maternidade (óleos), Sedução, Mandinga e Gato Morto (aquarelas), Anunciação e Calvário (afrescos). Executa obras cujos temas são as prostitutas das ruas Itaboca e Aimorés.
1939 - Fez parte do Comitê de Aceitação de Obras para o "3o Salão de Maio", juntamente com Lasar Segall, Flávio de Carvalho, Jacob Ruchti e Victor Brecheret.
Participou do "3o Salão de Maio", neste ano montado na Galeria Itá, inaugurado no segundo semestre, com as obras Procissão, Cavalinho de Pau, Bolinhas e Namoro (aquarelas), Jesus entre os Doutores (afresco), Estudo de Nu (têmpera).
Participou da exposição do "V Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo", com as obras Batuque (óleo) e Feira (aquarela).
Desenhava intensamente para a firma de Conrado Sorgenicht Filho.
1939/ 1942 - Executou decorações para os bailes de carnaval do Hotel Terminus, na Rua Brigadeiro Tobias.
1941 - Em janeiro, participou do "VI Salão de Pintura e Escultura, do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo", com as obras Trabalho, Nu e Retrato (óleos). Apresentou-se também no "I Salão de Arte da Feira Nacional de Industrias", no Parque da Industria Animal Fernando Costa, na Agua Branca, com as obras Bachante e Cavalo (afrescos).
1941/ 1942 - Montou ateliê e escola na Avenida Angélica, nº 306 ou 309, quase esquina com a Praça Marechal Deodoro. Executou o baixo-relevo do Instituto Biológico. Expôs individualmente no Hotel Terminus.
1947 - John Graz e Gomide expõem em conjunto, em galeria da Rua Barão dc Itapetininga.
1951 - Inscreveu-se e foi aceito para a "I Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo", outubro/ dezembro, com as obras A Tasca e Na Praia, 1950, e Composição, 1951 (óleos). Fez parte do Clube dos Artistas (Clubinho), à Rua Major Sertório.
1952 - Casou-se com sua aluna Beatriz de Paula Cunha, com quem conviveu pouco tempo, aproximadamente dois anos.
1952/1954 - Trabalhou na Companhia Vera Cruz, executando alguns cenários.
Foi professor de desenho na escolinha do Museu de Arte Moderna.
Os temas de danças populares (sambas e macumbas) são uma constante em suas obras desta década.
Participou da exposição coletiva "Painéis Juninos", Grupo ODA, Museu de Arte Moderna de São Paulo.
1954 - A vida e obra de Antonio Gomide foi focalizada por Alceu Maynard Araújo em filme intitulado "Antonio Gomide Pintor", realizado para a série "Veja Brasil", apresentado na TV Tupi, canal 4, a 2 de fevereiro.
1959 - Em setembro, organizou exposição individual no seu próprio ateliê, na Rua Bela Cintra, 488.
1963 - Expôs individualmente na Galeria Selearte: "Exposição Antonio Gomide".
1964 - Nova exposição individual organizada a 9 de junho para a "Casa do Artista Plástico". Transferiu-se para Ubatuba, litoral norte paulista, onde pôde dedicar-se a um de seus esportes preferidos, a natação.
Dedicou-se à escultura.
1966 - Ficou totalmente cego. Aprendeu o método Braile de leitura.
Para homenageá-lo, amigos seus organizaram exposição individual na Associação Cristã de Moços, entre 21 e 28 de setembro.
1967 - Em abril, participou da mostra coletiva "Gomide, Osir e Visconti", na Art Galeria.
Morreu em São Paulo, a 31 de agosto, aos 72 anos de idade
OBRAS DE ANTÔNIO GOMIDE.
Figura de Mulher e Barco - Óleo sobre tela da Década de 1930
BIOGRAFIA DE ANTÔNIO GOMIDE
Ele pertencia à alta classe média paulista, seu pai, Gabriel Gonçalves Gomide era jurista, e sua mãe, Cherubina Pinheiro Prado Gomide, como quase toda mulher da época, se dedicava às coisas do lar e da família. Antônio Gomide teve mais seis irmãos e uma de suas irmãs, Regina, se casou com um pintor modernista, John Graz.
Antônio Gomide não se dedicou somente à pintura, era também escultor de talento, cenógrafo e professor de artes. Ao contrário da maioria dos artistas da época, também se dedicava aos esportes, lutava boxe, esgrima e praticava natação, seu esporte predileto.
Sua formação artística se iniciou na cidade de Genebra, na Suíça, para onde sua família se mudara no ano de 1913, onde estudou na Academia de Belas Artes de Genebra (1913-1918). Nessa escola teve como mestres, Gillard e o pintor simbolsita Ferdinand Hodler. Foi nessa época que conheceu seu futuro cunhado, John Graz.
Posteriormente, mudou-se para a França, inicialmente para a cidade de Toulousse, no ano de 1922, onde estuda e trabalha com o artista Marcel Lenoir, com quem aprende a técnica do afresco, abordando em suas obras, principalmente temas religiosos.
Ao mudar para Paris, no ano de 1924, cidade em que viveu até o ano de 1926, monta seu ateliê e entra em contato com diversos artistas europeus ligados ao movimento de vanguarda, inclusive Picasso, Braque, Lhote e outros artistas ligados ao cubismo, cuja influência é sensível nas suas obras de então, participando do Salão de Outono e do Salão dos Independentes.
Também convivia com outros artistas brasileiros que viviam em Paris, como o escultor Victor Brecheret (1894 - 1955) e Vicente do Rego Monteiro (1899 - 1970), com eles trocando experiências e formas de ver a arte.
Retornou ao Brasil em 1928, e passa a integrar-se cada vez mais no cenário artístico e político do Brasil, especialmente da cidade de São Paulo, onde vivia. Em 1932, ano da Revolução Constitucionalista, alista-se no exército de São Paulo e neste mesmo ano participa da fundação da Sociedade Pró Arte Moderna e do Clube dos Artistas Modernos, juntamente com Flávio de Carvalho, Carlos Prado e Di Cavalcanti. No período entre as décadas de 1930 e 1940, produziu diveras obras de pintura, tanto aquarelas quanto óleos sobre tela, além de vários afrescos e cartões para vitrais.
Como Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral, torna-se socialista e sua arte volta-se, no decorrer dos anos 30, à temática nacional e popular, com ênfase na sensualidade e no ritmo das figuras africanas. Sua pintura percorre os esquemas decorativos cubistas do art déco - como nos cartões de estamparia, nos estudos de painéis e vitrais e na arte religiosa dos anos 20 -, bem como uma fatura expressionista - nas figuras toscas, com ausência de desenho. Além desta participação efetiva na modernidade paulistana, pode ser recordada sua significativa produção de painéis em afrescos e vitrais espalhados pela cidade, mantendo os esquemas estilizados do art déco
Leciona desenho na escolinha do Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP, entre 1952 e 1954. Suas obras aliam formas abstratas a motivos indígenas ou a composições com paisagens. Na área das artes decorativas, com Regina Graz (1897 - 1973) e John Graz (1891 - 1980), é considerado um dos introdutores do estilo art déco no país.
Nos anos 60, a perda de sua visão o obriga a mudar novamente seu destino como artista. Em uma relutância em abandonar a arte, dedica-se à lecionar, transmitindo para novas gerações a herança modernista. É a escultura, no entanto, que permite o artista a continuar sua produção, apesar da dificuldade em enxergar. Com a visão bastante comprometida, retira-se para Ubatuba, onde vive em reclusão até a sua morte, em 1967.
A inspiração cubista do trabalho inicial de Antonio Gomide se opõe às fases posteriores, caracterizadas por uma abordagem mais espontânea e por um repertório mais diversificado (porém dominado pela figura humana). Atraído de início pelas soluções formalistas , mais tarde tende a dar vazão à sua mentalidade profundamente popular. Se se pode registrar uma certa dispersão nos objetivos de Gomide, do ponto de vista estilístico e psicológico, sua obra é investida de um clima muito pessoal, e que trouxe uma contribuição vital à arte brasileira da primeira metade do século XX.
Guiomar Novaes Por Vinicius nº29 7B
Guiomar Novais nasceu
O
Mais tarde, Guiomar Novais passou a tomar aulas com Luigi Chiaffarelli, um importante mestre italiano, considerado o responsável pelo seu desenvolvimento artístico.
Em 1902, com 8 anos, Guiomar Novais apresentou-se publicamente pela primeira vez como artista. Em outubro de 1909, com o auxílio do Governo do Estado de São Paulo, partiu para a Europa, para estudar
Em
Em janeiro de
Bibliografia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Guiomar_Novais
Eu postei a minha pesquisa de blog aqui no dia 25/04 ás 14:46
sábado, 8 de maio de 2010
O MODERNISMO BRASILEIRO
Na época em que surgiu o modernismo, o mundo também passava por grande evolução tecnológica, como por exemplo, a invenção do avião, o aumento da utilização da luz elétrica, o aumento do uso do telefone e da rádio comunicação e outros. Enfim, tudo era favorável a um novo movimento de revisão dos valores artísticos. Argumentavam que a nova realidade do século XX eram permanentes e iminentes e que a sociedade deveria se adaptar não só a elas, mas também à nova forma de como os artistas viam o mundo.
No Brasil surgiu tardiamente, no início dos anos 20 do século XX, principalmente em decorrência de viagens de artistas brasileiros para a Europa. Foi muito influenciado por elementos das vanguardas artísticas que ocorreram na Europa antes da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), como por exemplo, o cubismo e o futurismo.
Ao contrário do que ocorria na Europa, no Brasil, os principais artistas do movimento modernista não se opunham a toda realização artística anterior a deles, apenas se opunham a tudo o que impedisse a livre criação e a livre expressão artística. Pretendiam uma ruptura estética com as formas de arte das escolas anteriores, mas mantendo o desejo de conhecer e explorar o passado apenas como fonte de criação, e não como norma a ser obedecida para se criar.
Como manifestações desse desejo por ruptura, que ao mesmo tempo respeitavam obras da tradição literária, temos o Manifesto da Poesia Pau-Brasil, o livro Macunaíma, o retrato de brasileiros através das influências cubistas de Tarsila do Amaral, o livro Casa Grande & Senzala, dentre outros. Revistas da época também se dedicaram ao tema, tais como Estética, Klaxon e Antropofagia, que foram meios de comunicação entre o movimento, os artistas e a sociedade.
Os artistas modernistas, inicialmente se fixaram em São Paulo, talvez até em razão da existência da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, onde estudava a elite intelectual da época e onde fermentava a ânsia por novos valores. Do encontro entre os estudantes e os jovens intelectuais, com artistas plásticos eclodirá a vanguarda modernista.
Diferentemente do Rio de Janeiro, reduto da burguesia tradicionalista e conservadora, São Paulo, incentivado pelo progresso e pelo afluxo de imigrantes italianos será o cenário propício para o desenvolvimento do processo do Modernismo. Este processo teve eventos como a primeira exposição de arte moderna com obras expressionistas de Lasar Segall em 1913, o escândalo provocado pela exposição de Anita Malfatti entre dezembro de 1917 e janeiro de 1918 e a 'descoberta' do escultor Victor Brecheret em 1920. Com maior ou menor peso estes três artistas constituem, no período heróico do Modernismo Brasileiro, os antecedentes da Semana de 22.
A Semana de Arte Moderna de 22 é o ápice deste processo que visava atualização das artes, e a sua identidade nacional. Pensada por Di Cavalcanti como um evento que causasse impacto e escândalo. Esta Semana proporcionaria as bases teóricas que contribuirão muito para o desenvolvimento artístico e intelectual da Primeira Geração Modernista e o seu encaminhamento, nos anos 30 e 40, na fase da Modernidade Brasileira.
Guilherme Rizzo - 7o B. nº 12
FONTES DE CONSULTA: www.mac.usp.br; www.itaucultural.com.br
sábado, 1 de maio de 2010
Oswald de Andrade
Um dos principais literatos do modernismo no Brasil, José Oswald de Sousa Andrade nasceu em São Paulo no ano de 1890 e viveu até 1954.
Em 1916 deu inicio ao livro Memórias Sentimentais de João de Miramar. Em 1917 conheceu Mario de Andrade e a partir de então, passaram a trabalhar juntos iniciando movimentos que visavam a Semana de Arte Moderna de 1922.
Ainda no ano de 1922, o escritor modernista Oswald de Andrade escreveu o romance Trilogia do Exílio. A partir de então, escreveu outras obras: Estrela de Absinto, A Escada Vermelha, Primeiro Caderno do Aluno de Poesia..
No ano de 1924, Oswald lançou na Europa o movimento nativista Pau-Brasil. Para dar continuidade a este movimento, ele fundou, em 1927, a Revista de Antropologia com seu Manifesto Antropofágico.
Foi também livre Docente de Literatura Brasileira na Universidade de São Paulo PRINCIPAIS OBRAS:
Romances
Os Condenados (1922), Memórias Sentimentais de João Miramar (1924), Estrela de Absinto (1927), Serafim Ponte Grande (1933), A Escada Vermelha (1934), Os Condenados (l941) - reunindo os livros de 1922,1927 e 1934, constituindo a Trilogia do Exílio, Marco Zero I - Revolução Melancólica (1943), Marco Zero II - Chão (1946).
Poesia
Pau-Brasil (1925), Primeiro Caderno de Poesia do Aluno Oswald de Andrade (1927), Poesias Reunidas (1945).
Teatro
O Homem e o Cavalo (1943), Teatro (A Morta, O Rei da Vela), (1937).
Ensaio
Ponta de Lança (1945?), A Arcádia e a Inconfidência (1945), A Crise da Filosofia Messiânica (1950), A Marcha das Utopias (1966).
Memórias
Um Homem sem Profissão (1954).
Postado por Arthur Carvalho nº 3 / 7B
Fonte : site LINK
http://www.suapesquisa.com/biografias/oswalddeandrade/
Capa de Di Cavalcanti para o catálogo da Exposição
Di Cavalcanti sugeriu na época : "uma semana de escândalos literários e artísticos, de meter os estribos na barriga da burguesiazinha paulistana."
Artistas e intelectuais de São Paulo, com Di Cavalcanti, e do Rio de Janeiro, como Graça Aranha, organizavam a Semana de 1922.
Modernismo no Brasil por Arthur Carvalho nº 3 7B
A semana de 22 foi um rompimento com o tradicional em termos de arte academica.
Heitor Villa-Lobos na música; Mário de Andrade e Oswald de Andrade, na literatura; Victor Brecheret, na escultura; Anita Malfatti e Di Cavalcanti, na pintura, são alguns dos participantes da Semana.
Havia um contato estreito entre estes artistas e a vanguarda da arte na Europa : cubismo, futurismo, surrealismo.